22.6.14

Uma brava luz em fio transpassada em brutas pedras - blocos escuros: solitário rasgado para o novo.
Vejo a água que escorre e espalha através dos ossos brancos, a redenção.
O futuro é uma linha de prata infinita para ser corrida a mãos-dadas.

7.6.14

Dançava com as mãos que guardam a lua em plena euforia e um cachorro cinzento dava as costas a tudo e voltava a fuça para o próprio avesso e o que será que ele questionava?
Toda fumaça que se iça ao céu como um foguete, por mais densa que seja, ainda é fumaça e de repente devagar (sensibilidade contraditória) se espalha até desaparecer sob as estrelas.

Eu quero que o escuro da noite caia sobre os meus olhos como um lençol molhado, mas que amanhã tudo se repita, ao seu próprio modo... há certos efêmeros que valem a pena.