21.7.10

Chicotinho queimado

Ninguém nunca soube, mas debaixo da pedra do fundo do rio tinha uma carta e essa carta estava mais encharcada pelos anos de esquecimento do que pela água.
Quando eu coloquei ela lá eu achei que seria uma bela de uma surpresa para quem a encontrasse, mas surpresa tive eu quando econtrei ela no mesmo lugar.
Aí eu olhei em todas as outras pedras de todos os outros rios e cada pedra que eu levantava era outra que caía no meu estômago.
Tudo igualzinho... exceto, é claro, pelas minhas palavras e meu esforço que foram sumariamente apagados e substituídos por belíssimos borrões só para me lembrar do tanto de tinta e poesia que eu já gastei com a correnteza gelada.

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