5.8.11

Sobre os fracos e bolas de efeito

A gente se enrijece, a gente se transforma em aço, a gente se firma, se protege, a gente aprende a ver.
E não poderia ser pior quando a gente perde tudo isso por causa de uma brisa.
A brisa vem e joga tudo no chão como que perguntando pra gente se a gente tem mesmo certeza sobre as nossas verdades, se as fundações eram mesmo sólidas ou se a gente construiu só o telhado crentes que era um castelo inteiro.
Aí a gente fica na eterna dúvida se o problema do desmantelamento é da nossa fraqueza mesmo ou da força oculta que a brisa carrega descompromissadamente
Em todo caso, quando tudo cai por terra a gente faz promessas várias sobre os projetos da próxima construção, a gente organiza toda uma estratégia de combate à tufões, maremotos, sei lá mais o que...
E que puxa! Que frustração que a gente sente quando a gente percebe que nem mesmo vinte paredes de concreto conseguem deter aquele desgraçado daquele ventinho besta.

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