24.4.12

Sobre o desmovimento das nuvens

Tem dias que o céu é vazio.
Nem o azul preenche nada... só fica por alí meio que fazendo papel de bobo mesmo.
É que ele não se encaixa - tipo eu.
Tem dias que eu tô no meio da multidão, bem no meio da manada de seres humanos e também, para fins de abrangência, seres desumanos.
A manada corre brava em direção a algo... esse algo que eu nunca sei que diabos é.

O céu é vazio feito meu peito em certas manhãs depois de uma noite sem sonho algum.
O céu é vazio e é inútil, feito (o meu) coração sem sentimento.
Tenho pensado que coração que bate, aperta na contração só pra poder relaxar depois.
É isso... e é tipo aquele velho jogo de ser feliz e infeliz.
Os felizes são também necessariamente e automaticamente infelizes e vice-versa.
Só que à parte esses, têm também uns outros não são nem um e nem outro e nem os dois ao mesmo tempo e por isso mesmo que não se encaixam e por isso mesmo que o coração não contrai.
Por isso mesmo que o coração nunca relaxa também.
E por isso que é, pra ele (pra mim), tudo tão inútil quanto o céu cujo azul hoje não faz sentido.

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