4.9.12

Ode à Desconstrução

O homem que nasceu inteiro o homem que aprendeu a sentir borboletas trupicando no dentro. O homem que passou a esperar por elas. Daí o homem que o tempo envenenou com o veneno que é ele mesmo.
O homem que virou nada.
Não sabe mais falar não sabe mais querer não sabe mais pedir não sabe nem ser.
O homem olha pro chão, coração feio, enrugado.
O homem quer enrugar todo até uma ruga comer a outra
e ele sumir.

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