4.4.15

Dois cachorros laranjas deitados na grama mais verde de todas e o sol a pino (não tão forte por conta do vento) e umas folhas vermelhas vivas que caem lentamente sobre nossas cabeças sonhantes.
Eu nunca esperei na vida estar meramente sentada olhando para alguem como aquele, tendo pensamentos tão simples quanto qualquer nuvem deve ser. Eu deveria ter sido sempre isso tudo que é possível se ser quando não queremos muito especificamente nada além do que vem calmamente com a manhã; além daquilo que podemos construir aos poucos com a terra ao redor ao invés de esperar marte explodir cristais de melancolia nos quintais para que possamos ser enfim aquilo que talvez, ah talvez! então poderíamos ser.
E é preciso meditar no fim do dia: "Que diferença faz quando a gente sabe ser hidrelétrica-turbilhão um para o outro!" A partir daí é gratidão.

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