15.11.09

Balões

O Sr. Balão de Gás Hélio escapuliu das mãos de um menininho esmirrado certa vez e, sem nada que o segurasse, subiu cada vez mais alto.
Enquanto subia encontrou o Sr. Balão de Ar Quente e então seu ego inflado (típico dos balões) murchou drásticamente.
Ele via o Sr. Balão de Ar Quente em toda a pompa... enorme, colorido, ardente e poderoso.
E ele? Tão pequeno!!! Certamente umas trocentas vezes menor que o outro. De uma cor só: amarelo.
E aí o Sr. Balão de Gás Hélio foi perdendo o gás.
Voar não parecia mais fazer sentido para algo tão chulo quanto ele e seu fio de nylon arrebentado. Se sentia indigno.
Então antes que percebesse alcançou o mais alto que poderia e estourou.

Cedo demais. Não pôde assistir o trágico fim de Sr. Balão de Ar Quente que, após uma cruel mudança de ventos, caiu e iniciou o maior incêndio que a floresta da região já vira.

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