12.7.10

Marco Polo

Tenho às vezes a sensação de que serei sempre eu a encarregada de tatear às cegas e esperar que alguma boa alma grite "Polo!" e me dê uma mísera idéia da direção que devo tomar.
Não pense que a espera pela pista seja a pior parte, longe disso! A pior parte, com toda a certeza, é a decepção de perceber que o que as mãos conseguem agarrar são só as folhas da laranjeira do fundo do quintal e que elas não estão no jogo.
Aí eu fico vendada por mais algum tempo, me sentindo idiota clamando Marco.
Pelo menos (se é que serve de consolo) já passou da época de me considerarem café-com-leite.
Minha dignidade agradece!

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