2.2.11

Sobre hoje

Ia choramingando pela rua, pela rua completamente vazia das quatro horas da manhã.
A luz que escapava da lua não era capaz de revelar a corda invisivel cheia de nós que pendia no pescoço.
Eram nós demais, era por isso que chorava baixinho, para o resto daquele "nós" não ouvir.
Nós temos.
Nós iremos.
Nós não podemos.
E não poder... não poder era mais que um algo infeliz! Era um algo incompreensível.
Porque ia carregando as possibilidades todas trancadas dentro de si, gritando pra sair; mas aí ia sendo carregada pelas leis, pelas regras, pelos deveres, gritando alto pra entrar.

2 comentários:

  1. não é que só exista dor, ou que a dor prevaleça à felicidade... é que a dor eu escrevo, a felicidade eu vivo.
    mas confesso que também torço para que essa especificamente saia logo. =)

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