31.1.11

Sobre a ciência de colher gravetos

Quatro de nós entre as árvores (por vezes densas, por vezes esparsas) colhendo os pedaços de árvore de melhor qualidade que estivessem caídos em meio às folhas (também caídas, coitadas).
Eu fui pelo oeste, onde desabrochava o riacho, e por lá vi mais pedras que qualquer outra coisa. Galho mesmo não colhi nenhum.
Rumei para o norte, e lá o chão era salpicado de gravetos e, que puxa!, pena que os fungos os haviam descoberto primeiro.
Ao leste topei com outro de nós, e por lá ele já havia feito o trabalho sem deixar nada para mim.
Restava o sul, e no caminho para lá eu matutei um montão de coisas... lembrei do fogo, e do quanto me atiçava numa noite de tal frio e escuridez (porque era pálida também, apesar do puro breu), lembrei daí dos meus braços carregando apenas o peso do ar.
Foi bem por isso mesmo que chegando lá e, como imaginado, não havia galhos a serem colhidos, trepei na primeira árvore e desandei a arrancar-lhe os gravetos mais finos.
E assim nas próximas 10 que cruzaram meu caminho.
E pensem os defensores da natureza o que quiserem, hoje a noite farei meu sinal de fumaça para o mundo.

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