8.11.11

Sobre medidas clínicas de última instância

Fazia dias que minha goela fazia greve que não sabia se dizer.
Ficava repetindo, feito velha esquizofrênica, que não sabe, que não sabe, que não sabe.
Hoje pela manhã arranquei ela fora com um murro. Sangue para todos os lados, que eu até me dei ao trabalho de antes enfincar um molho de chave entre os dedos (meio que um soco-inglês de pobre assustado).
Daí foi tudo pro chão, as chaves, os dedos, a goela, os tendões.... phew! Tudo mesmo.
E, se quer saber, acho que nem foi com tanta surpresa assim que contemplei depois pelo espelho aquelas boas dúzias de tico-ticos se espreguiçando e daí então dando o fora de lá, dando o fora à toda velocidade... feito umas balas espavoridas de espingarda top-de-linha.
E daí que no fim só ficou mesmo foi um belo de um rombo... e eu vou deixar como está por enquanto. Pelo menos até ter alguma boa ideia (ou uma ideia razoável ou qualquer uma ideia mesmo!) do que é que se põe no lugar da própria língua quando ela resolve que tem assas e daí no pé e daí deixa a gente assim despalavreado sem aviso-prévio.

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