Coelho treme o nariz, treme as orelhas.
Sente uma coisa que chega pelo chão, por baixo, uma coisa que faz barulho de medo.
Coelho sempre de olho arregalado, não existe sossego.
Coelho aprendeu a esperar o pior, a nunca dormir, a nunca baixar as orelhas.
A coisa se aproxima barulhenta, barulhenta de um barulho que acerta direto o cérebro e não precisa ser ouvido pra isso.
Coelho sente medo, medo, medo... da coisa que vem pelo chão.
É só a ameaça, sempre só a ameaça, mas o daí o coelho não pode dormir, não pode baixar as orelhas e o nariz treme e o corpo todo treme e ninguém ensinou coelho a chorar!... por isso o coelho permanece de olhos secos e inexpressivos: nada pode dizer pro mundo que o coração do coelho criou orelhas pra ouvir o barulho do medo que vem correndo por baixo da terra.
Sente uma coisa que chega pelo chão, por baixo, uma coisa que faz barulho de medo.
Coelho sempre de olho arregalado, não existe sossego.
Coelho aprendeu a esperar o pior, a nunca dormir, a nunca baixar as orelhas.
A coisa se aproxima barulhenta, barulhenta de um barulho que acerta direto o cérebro e não precisa ser ouvido pra isso.
Coelho sente medo, medo, medo... da coisa que vem pelo chão.
É só a ameaça, sempre só a ameaça, mas o daí o coelho não pode dormir, não pode baixar as orelhas e o nariz treme e o corpo todo treme e ninguém ensinou coelho a chorar!... por isso o coelho permanece de olhos secos e inexpressivos: nada pode dizer pro mundo que o coração do coelho criou orelhas pra ouvir o barulho do medo que vem correndo por baixo da terra.
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