28.12.12

De todas as coisas que você poderia ser, você decide ser todas-nenhumas elas.
Como que se a gente tivesse que apostar num cavalo só, mas você pegasse sua nota de dez pila e rasgasse em mil farelos de granas e aí passasse toda a corrida tentando decidir qual farelo vai pra qual cavalo, sem ter (ou tendo) a consciência da estupidez da sua proposta, sem saber qual cavalo te apetece de verdade, sem saber que no final das contas, se é que há um final, seu picadinho será motivo de piada.
De todas as coisas, você decide ser a uma-duas-nenhuma-todas-qual?-pode-ser-qualquer-uma-?-pode-nenhuma?-pode?
E aí a vida passa, passa, passa... passa como uma louca correndo pela avenida sem olhar pra trás.
E é engraçado, mas apesar dos olhos de vespa você nunca soube dizer com toda a certeza se essa louca é mesmo a tal da Vida de que te falaram a respeito ou se é só uma louca mesmo, porque você nunca soube dizer a diferença entre uma louca uma vida uma nuvem, mistério. Você nunca.

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