16.8.10

Desafeto

Tem dias que a gente acha que Prosepina morreu.
A gente comemora!
Pena que sempre tem também alguém pra lembrar que sentimentos não morrem, adormecem.
Aí a taça de champanhe paira no ar, as bocas lá escancaradas... mas sem saber a que brindar.
As palavras se abortam alí mesmo.
Mas os corajosos se levantam uma hora, e aí preparam suas espingardas, seus zarpões e seus venenos todos e planejam o melhor modo de pegá-la de surpresa enquanto dorme.
Eles se foram mais uma vez e agora a gente só pode torcer pra ela não aparecer amanhã com aquela cara de sono e as tranças arreganhadas e a cara borrada de choro sem razão. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário