28.2.11

Sobre loops sentimentais

É sempre assim.
Se recosta na janela entreaberta pro fundo do quintal e observa o mato crescente e o sol poente que sempre faz chorar como se fosse o último adeus.
E tem toda a razão em debulhar as lágrimas no pórtico encardido e enxugar o rosto com as mãos de unhas feias que de mocinha deveriam ser, já que, quando o travesseiro for o guia das trilhas dos sonhos, irá morrer completamente aquilo que é agora, e no poente seguinte serão lágrimas de outro alguém.
É sempre assim... e o trem azul nunca vem, porque o sol sempre embarca pelos dois e daí só resta para si inclinar-se sobre as trepadeiras da sacada e iniciar o "mal-me-quer", desses que, quer bem ou quer mal, não serão nunca o bastante para tirar a dúvida.

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