12.3.11

Sobre arrogância e etc

A gente continua resumindo tudo a duas polegadas adiante do nariz.
O que vai além disso é mar desconhecido, que a gente também continua (a gente nunca cansa...) tentando agir como se soubesse bem.
Mas o mar desconhecido provoca ondas inesperadas e aí a gente sofre um solavanco em cada uma das veias e se pergunta todas as coisas sem saber bem o que seriam essas "todas as coisas".
No fim fica de sobra um sozinho "????" que nem mesmo sabe se existe ou não.
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...
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Daí a gente duvida se duvida mesmo, porque a certeza da dúvida já é uma grande certeza por si só e se a gente vira pro mar e grita a plenos pulmões algo como "tudo bem, você aí, admito sua superioridade, admito que meus olhos me enganam a seu respeito a todo instante e admito que minha mente nada detém sobre as tais das suas profundezas!" ele, certamente, cuspirá aos nossos pés escrevendo na areia com tinta invisível que confessar ignorância é a maior das arrogâncias que uns estúpidos feito nós poderíamos ter feito.
Sem resposta para dar, a gente volta as costas pro imenso azul marinho espumante e a única coisa que acontece a partir daí é nosso coração pulsando desenfreadamente:
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