11.12.11

Achava que sabia o que era, achava que podia ver.
Nada pode ser visto e nem sabido e isso é um fato do qual não se pode fugir.
Tudo o que a gente vê é a gente e tudo o que a gente (acha que) sabe é a gente também.
Nunca pôde fugir dos limites dos próprios globos oculares, nem mesmo quando encarava o brilho que sol enviesado tascava no cume da lagoa.
Nem isso nunca soube, nem isso nunca viu de verdade.
Tem dias que pensa que a lagoa é um poço de lama e tem dias que pensa que a lagoa é o próprio coração dos deuses.
E a verdade é que ela nem é isso e ela nem é aquilo e ela nem é nada pro mundo de quem olha; só pra ela mesma.
[E nem pra ela mesma talvez ela seja, mas daí isso já é outra questão.]

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