7.7.12

5:00.
A hora dos acontecimentos reais.
Levantou metade do corpo da cama e sorriu sozinha no escuro.
Virou a cabeça para o lado e pediu pra ele entrar debaixo das cobertas com ela.
"Vem cá... vem."
Disse isso com a mão esticada e um sorriso escomunal enfiando os dentes todos para fora da boca. Qualquer coisa como uma lágrima ameaçava marginalmente os olhos.
Emocionante, sempre, trazer ele pra perto de si.
Abriu espaço entre os lençóis.
"Vem cá."


A loucura não é mais que um sonambulismo prolongado, uma "cinco da manhã" congelada no tempo.
E felizes os loucos... felizes os loucos, cujas camas podem ser preenchidas só pela necessidade de que elas sejam.


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