O céu nasceu inteiro branco esta manhã, como um vento cristalizado num frame pausado onde a gente consegue ver a silhueta do fantasma.
(Se eu enfiasse uma agulha no céu de hoje ele me devolveria ela torta.)
Todas as tentativas de contornar a cerca e adentrar a Grande Casa foram vãs até o momento... quanto mais a gente corre tentando achar uma brecha mais cerca nasce no caminho.
Fica uma questão pinicando nos vértices do nosso quadrado coração e ela quer saber porque é que a gente quer tanto entrar.
E a gente evita, a gente evita esses vértices... A gente finge que nosso coração é arredondado e não tem as pontas afiadas das perguntas, mas só que ele tem.
Aí a gente faz que cospe ele para fora pelo caminho, queremos não pensar que se a gente pensar a gente vai se descobrir e tudo irá se revelar: o nada, a falta de proposito.
Mas a gente não consegue cuspir, a gente nunca conseguiu, e aí ele nos fica entalado entre a garganta e a língua.
(Foi aí que a gente perdeu as palavras!)
Nós não queremos ser niilistas, nós queremos acreditar num romance cheio de reviravoltas estarrecedoras...
Mas por mais que a gente tente e queira nada nos estarrece mais... não para valer, não se a gente tiver tempo e coragem de olhar de frente.
Por isso nós circundamos a casa. Porque a casa não dá para ser vista por dentro - tão impenetrável quanto o céu.
Somos os cães com medo da chuva que não entendem e não podem ver que essa casa não tem teto...
E a gente pode uivar o quanto a gente quiser, a gente pode virar loucos e até tentar dizer palavras, mas cada uma delas, eu sei: voltará tão torta quanto a minha agulha.
(Se eu enfiasse uma agulha no céu de hoje ele me devolveria ela torta.)
Todas as tentativas de contornar a cerca e adentrar a Grande Casa foram vãs até o momento... quanto mais a gente corre tentando achar uma brecha mais cerca nasce no caminho.
Fica uma questão pinicando nos vértices do nosso quadrado coração e ela quer saber porque é que a gente quer tanto entrar.
E a gente evita, a gente evita esses vértices... A gente finge que nosso coração é arredondado e não tem as pontas afiadas das perguntas, mas só que ele tem.
Aí a gente faz que cospe ele para fora pelo caminho, queremos não pensar que se a gente pensar a gente vai se descobrir e tudo irá se revelar: o nada, a falta de proposito.
Mas a gente não consegue cuspir, a gente nunca conseguiu, e aí ele nos fica entalado entre a garganta e a língua.
(Foi aí que a gente perdeu as palavras!)
Nós não queremos ser niilistas, nós queremos acreditar num romance cheio de reviravoltas estarrecedoras...
Mas por mais que a gente tente e queira nada nos estarrece mais... não para valer, não se a gente tiver tempo e coragem de olhar de frente.
Por isso nós circundamos a casa. Porque a casa não dá para ser vista por dentro - tão impenetrável quanto o céu.
Somos os cães com medo da chuva que não entendem e não podem ver que essa casa não tem teto...
E a gente pode uivar o quanto a gente quiser, a gente pode virar loucos e até tentar dizer palavras, mas cada uma delas, eu sei: voltará tão torta quanto a minha agulha.
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